Secretaria de Meio Ambiente e Policia Militar realizam coletiva para esclarecer rompimento de barragem

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente promoveu na tarde desta quarta-feira (29), em conjunto com a Polícia Militar do Meio Ambiente uma coletiva de imprensa para falar sobre o rompimento de uma barragem na região de Malhadouro ocorrida na última sexta-feira (24).

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Caio Veloso, a barragem, que fica em uma propriedade rural, não suportou o alto volume de chuva que caiu naquela noite e se rompeu, atingindo o Córrego Malhadouro e danificando a mata ciliar, além de cercas e sistemas de captação de água em a sua extensão.

“Nós mobilizamos nossa equipe para fazer uma vistoria em loco para que pudéssemos elaborar um relatório sobre esse rompimento e constatar o dano ocorrido ao meio ambiente” disse o secretário, que esclareceu ainda que após análises, tanto a SEMMA quanto a Polícia Militar do Meio Ambiente, ficou constatado que o rompimento da barragem não foi causador da enchente que atingiu chácaras localizadas próximas ao Ribeirão Salitre, entre os distritos de São Benedito e Salitre de Minas “acreditamos que o volume dessa barragem não foi significativo a ponto de trazer o dano lá no chacreamento porque houve um grande volume de água que veio dos céus, das chuvas, e somado à saturação do solo, que não tinha mais infiltração, tudo o que caiu ali escorreu pros leitos dos rios, então acreditamos que esse volume foi aumentado em demasia devido ao grande volume causado pelas chuvas torrenciais” explicou.

Sargento Willian, da Polícia Militar do Meio Ambiente, explicou que sua equipe esteve no local do rompimento ainda no domingo e que após vistoriar o local ficou constatado o dano “Entre segunda e terça-feira fizemos um levantamento com os produtores rurais vizinhos e constatamos que 17 famílias foram afetadas de alguma forma com relação a este rompimento do barramento, essas famílias estão nas margens da microbacia do Córrego Malhadouro desde uma das nascentes mais próximas ao barramento até a desembocadura ali no Ribeirão Salitre, cerca de 5 km, os danos foram voltados às captações de água, já os danos ambientais foram nas áreas de preservação permanente, que o volume e a velocidade da água destruíram parte significativa da flora” explicou o Sargento que contou ainda que foram lavrados o boletim de ocorrência e um auto de infração em desfavor do proprietário da Fazenda, a área está embargada e agora o Ministério Público e o Poder Judiciário tomarão as medidas cabíveis.