História do Município

Os primeiros registros da conquista do nosso território aconteceram no ano de 1668, quando o bando de Lourenço Castanho Taques, alcançou  o planalto do Catiguá, nome dado pelos negros  e índios ao local onde hoje se ergue nossa cidade, Patrocínio. Esse bando de Lourenço bateu contra os índios catiguás, massacrando os araxás, indo além de Paracatu, muitas léguas ao norte.

O Município de Patrocínio teve seu surgimento com a passagem e também com o ponto de parada dos bandeirantes, que por aqui passavam tendo como objetivos principais: ponto de abastecimento de suas bandeiras e de acomodação. Em meados do século XVII, por volta  de 1690, partindo de Sababuçu, o lendário bandeirante Anhanguera denominado Bartolomeu Bueno da Silva, atravessou a região rumo a terra dos goiazes, passando pela região norte onde seria a nossa futura Patrocínio, à beira do Rio Dourados. Os mineradores de Minas Gerais começaram a se transferir para as localidades das goianas, em 1729 devido à descoberta de minas em Goiás. Então, o governo português, visando à fiscalização, através do Capitão Gomes Freire e Martinho de Mendonça,  fez a abertura de uma estrada a qual foi denominada de Picada de Goiás, que ligava Pitangui a Goiás, tendo como trajeto Lagoa Seca (Patrocínio).

Por volta do ano de 1736, a mando do Governador Martinho Mendonça, foi aberta a estrada, saindo de Pitangui rumo a noroeste, passando junto ao Catiguá.

Já na metade do século XVIII, esta região era o foco da política de expansão do território mineiro, demarcada pelo Conde de Valadares, Capitão-General de Minas Gerais.

Foi no ano de 1771 que o Conde de Valadares solicitou ao Capitão Inácio de Oliveira Campos que fizesse explorações e escavações naquela região. Ele partiu de Pitangui, chegou aos campos de Catiguá ou Salitre, destruindo grandes quilombos no vale do Rio Dourados e, em 1773, iniciou o primeiro núcleo de habitação - a fazenda do Brumado dos Pavões (brumado significa “bagaço da cana de açúcar”),  desenvolvendo lá  a criação  de gado bovino e agricultura de subsistência, local que mais tarde se tornou posse da Vila de Pintangui.

Inácio de Oliveira Campos foi o fundador da cidade de Patrocínio no ano de 1772, vindo para cá com a finalidade de buscar ouro a mando do Conde de Valadares, Governador da Província de Minas Gerais. Estabeleceu-se no local com uma fazenda de criação agrícola, para abastecimento dos viajantes que transitavam de Minas para Goiás, passando por Pitangui.

O Capitão Inácio de Oliveira Campos logo que aqui chegou adoeceu, sofrendo  uma paralisia  e ficando completamente inválido.

Dona Joaquina do Pompéu, sua esposa, ficou administrando a grande fazenda que era a incomensurável Sesmaria do Esmeril. Ela tornou-se uma autêntica patriarca, enviando gado para o Rio de Janeiro a fim de auxiliar as tropas  de  Dom Pedro I na luta pela Independência do Brasil, distribuindo dinheiro aos pobres. Entre lendas fantasiosas a seu respeito, conta-se que grande parte  das tradicionais famílias mineiras e dos grandes políticos foram seus descendentes.

Com a chegada do Padre Leonardo Francisco Palhano, deu-se o início da povoação, pois era um sacerdote de alta têmpera, sendo nomeado pelo bispo do Rio de Janeiro, a pedido do conde de Assumar, para Vigário do sertão do Rio São Francisco. Houve um mal entendido entre os bispados da Bahia e do Rio de Janeiro, passando a exercer o cargo do sertão do Rio São Francisco o padre Antônio Curvelo, nomeado pelo Bispo da Bahia. O padre Curvelo, dizendo ao padre Palhano que todo território era sua jurisdição, ameaçou-o de armas em punho, obrigando-o a fugir para outro lugar. O padre ameaçado, não querendo criar caso entre os bispados, atravessou a bacia do São Francisco e as vertentes do Paranaíba. Acreditando estar em terrenos de sua jurisdição, Palhano fundou uma capela dedicada a João Nepomuceno que, ficando desprotegida, foi destruída pelos índios. Este, procurando um lugar seguro, viajou pela “Picada de Goiaz” (caminho de Goiás) em 1744. Sendo aventureiro, ele se encontrou um ano mais tarde na expedição mineralógica de João Monteiro de Souza que fazia explorações do Rio Dourados, distanciado de uma légua da cidade.   

O padre Palhano, tendo seguido a expedição de João Monteiro de Souza, encontrou no âmbito do Paranaíba as dornas de Catiguá, fundando uma nova capela dedicada a São João Nepomuceno, lugar hoje denominado Bela Vista.

Após a ida do Conde de Valadares para Portugal, Inácio de Oliveira Campos possuía, conforme inventário da época de sua morte, cerca de 4.000 cabeças de gado,  que deixou para sua mulher, a célebre Joaquina do Pompéu, vulto quase lendário da história de Minas.

Com a demarcação da sesmaria do bebedouro do Salitre, dezesseis anos mais tarde, a região se incorporou oficialmente à Capitania de Goiás, transformando o Brumado no povoado de Salitre.

Fonte de águas sulfurosas Bebedouro de Salitre: Auguste Saint-Hilaire, naturalista francês, esteve neste local no ano de 1819. Segundo alguns de seus relatos registrados em sua viagem pelas nascentes do rio São Francisco e Províncias de Goiás exatamente sobre este local ele diz: "... as águas minerais chamadas do Salitre. Como as de Araxá, são do domínio público; mas assegura-se que são mais abundantes. Acrescenta-se que as fontes estão rodeadas por muros, que a água é conduzida para as gamelas onde os animais a bebem..." 

 

Nota-se que as ricas fontes hidrominerais ofereciam alternativa para escassez, na época, do cloreto de sódio que é imprescindível à vida dos animais por desempenhar papel importante no metabolismo animal.

 

Em 1772 foi edificada neste mesmo local, a construção de uma casa de ensino primário, nas imediações da Avenida Faria Pereira e do córrego Padre Vicente.

Em 1773 alguns forasteiros começaram a fixar residência, iniciando o povoado que recebeu o nome de Salitre no local que, em 1798, foi abrangido pela Sesmaria do Esmeril, concedida a Antônio de Queiroz Teles.

Em 1785 a Capitania de Goiás demarcou a Sesmaria do Barreiro de Araxá.

Em 1789 foi demarcada a Sesmaria do Bebedouro do Salitre.  Na história do povoamento desta região, caminhos de busca  pelo ouro foram marcados  pelo auge e decadência  do ciclo. Com a  posterior escassez do vil  metal, houve uma imigração  que chegou até os Sertões da Farinha Podre, onde  se dedicava à agricultura de subsistência ou a criação extensiva de gado (refúgio). Daí um vertiginoso crescimento econômico, com o estabelecimento de um comércio considerável, abertura de ruas, aumento de casas e fluxo de famílias mineiras na região. Junto ao povoado aglutinou-se a Sesmaria do Esmeril, aumentando a área e a condição  político-administrativa.

Em 1793 apareceram os primeiros habitantes definitivos de Patrocínio.

O comércio do arraial se fazia com Ouro Preto, por Paracatu e Diamantina, até que em 1800, foi cedido o terreno para a construção de uma capela pelo posseiro Antônio de Queiroz Teles. Um desconhecido abriu ali um estabelecimento de troco das moedas de cobre chamadas “quarentinhas” e rasgou uma estrada de Goiás para Ouro Preto, variante mais curta que a estrada real.  Daí começou o desenvolvimento do arraial pela preferência de quantos necessitavam fazer essa longa jornada. Em pouco tempo o arraial Nossa Senhora do Patrocínio crescia em população e riqueza até que se constituísse no próspero município que é hoje.

Em 1804 surgiu a primeira igreja em Patrocínio. Os moradores do povoado ergueram uma casa de oração sob a proteção de Nossa Senhora do Patrocínio e registrou-se a “Provisão de Licença”, estendendo-se o nome de Nossa Senhora do Patrocínio ao arraial do Salitre onde hoje se encontra a atual Igreja Matriz.

Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio em estilo colonial no ano de 1918.

 

Em 1807 Salitre passou a ser chamado de arraial Nossa Senhora do Patrocínio.

Em 1816, através do alvará do rei Dom João VI, a região dos Sertões da Farinha Podre (Triângulo e Alto Paranaíba) retomou à capitania de Minas Gerais.

Quanto à formação administrativa, o distrito foi criado com a denominação de Nossa Senhora do Patrocínio, pela resolução régia de 22/09/1812.

Em 1818 o médico Iohann Emannuel Pohl, da Universidade de Praga, visitou o Arraial e, no ano de 1837, descreveu em seu livro”Viagem no Interior do Brasil”, um pernoite na fazenda do Juiz Matias Vieira, surpreendido com a fidalguia e luxo com que foi recebido, sendo aqui um povoado pobre onde existiam negros livres.

Em 1819 o naturalista francês Augusto de Saint-Hillaire visitou a região e relatou em seu livro “Viagem às Nascentes do Rio São Francisco” que encontrou uma quarentena de casas muito pequenas, construídas de barro e madeira, cobertas de telhas e sem reboco. Estas casas, dispostas em duas fileiras, formavam uma alongada praça e no centro foi construída uma pequena capela, a de Nossa Senhora  do Patrocínio, também de madeira e barro. Patrocínio era uma sucursal de Araxá, tendo um vigário encomendado. Como em todos os lugares, as casas que compunham o povoado pertenciam aos fazendeiros.

Em 1820 foram doadas  pelo fazendeiro Antônio de Queiroz Teles terras da Sesmaria para o patrimônio do povoado. Os fazendeiros, naquela época, somente vinham ao arraial nos domingos e dias santos com a finalidade de participar da santa missa, sendo Padre Vicente o primeiro celebrante.

Em 1822 o arraial foi elevado a Distrito de Ordenanças, condição administrativa da época para justificar a existência de uma força armada com 40 soldados, cartório e juiz de paz. O arraial foi elevado à categoria de Curato em 1829, mantendo  o nome de Nossa Senhora do Patrocínio, indo à condição de Paróquia dez anos mais tarde, em 1839.

Em 1833 o Padre José Ferreira Estrela foi nomeado capitão do Curato e em 07 de janeiro do mesmo ano foi criado o município de Araxá, desmembrando-se  de Paracatu e  também de Patrocínio, passando  a cidade 32 anos mais tarde, em 1874. Através da Lei Municipal de nº 114 de 9 de março de 1839, criou-se a Paróquia de Nossa Senhora do Patrocínio e seu primeiro vigário foi Padre José Ferreira Estrela, que aqui trabalhou até 25 de março de 1862.

Através da Lei Provincial de nº 171, de 23 de março de 1840, foi criada a Vila  com a denominação de Nossa Senhora do Patrocínio,  desmembrando-se de Araxá. Sede na antiga povoação de Nossa Senhora do Patrocínio. Constituído do distrito sede, instalado em 07/04/1841.

Em 7 de abril de 1842, foi elevada a vila de Nossa Senhora do Patrocínio, tornando-se oficialmente município, atribuindo ao Capitão Francisco Martins Mundim o cargo de Presidente da primeira Câmara Municipal.

Houve ainda o espetacular ciclo do diamante na história brasileira, quando o famoso brilhante Estrela do Sul foi descoberto, em 1852, no distrito Diamantino de Bagagem pertencente a Patrocínio.

No ano de 1853 foram assaltados por bandidos os viajantes nas estradas da região, que trafegavam pedras preciosas.

Em 30 de setembro de 1858, Patrocínio foi desmembrado, sendo criado o município de Estrela do Sul, incluindo Araguari e Monte Carmelo.

Em 1860 foi fundada a primeira banda de Patrocínio pelo músico José Marçal Ribeiro.

A Vila de Patrocínio inaugurou o primeiro Cemitério Municipal em 1862, no local onde hoje se encontra o Asilo São Vicente de Paulo. Antes disso os sepultamentos eram feitos nas imediações e no adro da Capela Nossa Senhora do Patrocínio.

Em 29 de fevereiro de 1868 foi criado o Município de Patos de Minas, desmembrado de Patrocínio.

Pela lei provincial nº1617, de 02/11/1869, foi criado o distrito de Serra do Salitre e  anexado a vila  de Nossa Senhora  do Patrocínio.

 

Em 1870, com grandes festas, o povoado nascente de Nossa Senhora do Patrocínio foi reconhecido oficialmente como arraial. Quanto à origem do nome da  cidade, reza a lenda que havia na região, onde hoje é a cidade de Patrocínio, um fazendeiro muito rico, que vendo sua filha cair enferma pediu proteção a Nossa Senhora, prometendo a construção de uma capela, caso a moça ficasse curada. Com a graça alcançada, ergueu-se a casa da oração, tendo como padroeira Nossa Senhora do Patrocínio, “que significa proteção.”

A escolha do nome desta padroeira e do topônimo da cidade pode ser explicado pela fundação da fazenda “Brumado dos Pavões, que constituía um dos “patrocínios”, construídos no percurso da picada aberta para Goiás.

Pela lei provincial de nº 1670, de 17/09/1870, e Lei Estadual nº2, de 14/09/1891, é criado o distrito de Coromandel e anexado a Vila de Nossa Senhora do Patrocínio.

Pela Lei provincial de nº 1699, de 03/10/1870, o distrito de Serra do Salitre foi extinto.

A história de Patrocínio está inserida na conquista do oeste brasileiro, quando as entradas e bandeiras em busca de ouro e índios promoveram a interiorização da colonização portuguesa.

Patrocínio e toda região do Triângulo e Alto Paranaíba que pertenciam à capitania de Goiás, retornaram à capitania de Minas Gerais através do alvará concedido pelo rei Dom João VI.

O paulista Antônio Rangel Julião, o famoso Rangel, instalou na Vila uma pousada destinada aos tropeiros que passavam por ali na direção de Goiás. A pousada ficava próxima ao córrego de águas transparentes que, mais tarde levou o seu nome (hoje, região da antiga 2ª Cadeia Pública e início das Ruas Cesário Alvim e Governador Valadares).

Mais para o final do século, no grande  largo de poucas casas com vastos quintais, também surgiu a hospedaria de Eduardo Ribeiro, a casa comercial de Adolfo Pierucetti e a residência de Guilherme Hauffer, que alugava pasto para os animais das tropas dos cometas (viajantes das casas comerciais do Rio de Janeiro e de São Paulo). Estas são palavras de Dr. Odair de Oliveira em seu discurso quando foi eleito para a Academia Patrocinense de Letras.

Pela lei provincial nº 1785, de 22/09/1871,  e a lei estadual nº 02 de 14/09/1891, foi criado o distrito de Serra do Salitre e anexado à Vila de Nossa  Senhora do Patrocínio.

Em 1873, no dia 13 de novembro, era elevada à categoria de cidade a Vila de Nossa Senhora do Patrocínio, conforme a Lei Provincial nº 1995, florescente município do oeste  de Minas que conservava o mesmo nome, sendo o Agente Executivo Bernardo de Morais Bueno. Sua história de povoado e vila foi verdadeiramente cheia de episódios de bravura que, naquela época, já assinalavam nosso povo como dos mais destemidos da região dos Catiguás.

Patrocínio, desde sua formação, foi um município agropecuário, fabricante  de queijo mineiro de primeira qualidade, açúcar de forma - a rapadura, a cachaça, as farinhas de milho e de mandioca, o polvilho, os fubás, arroz, feijão, o trigo, o fumo de rolo, café e exportava o toucinho de rolo, por carros de boi ou em lombo de animais para várias partes das Gerais e de São Paulo, devendo se ressaltar o suprimento de mantimentos que fez para a capital Ouro Preto, no seu período de fome e de miséria. Outra atividade importante e de bom gosto foi a tecedura de panos, em teares, para roupas e colchas de seus moradores.

Região agrícola e pastoril das mais férteis do Estado, Patrocínio naquela época já possuía uma indústria pecuária de grande importância na economia mineira, além de sua riqueza hidromineral, afamada desde os tempos coloniais. A estação balneária estava em  pleno desenvolvimento no município, dispondo de confortáveis hotéis e termas generosas, iguais às de Araxá que ficavam bem próximas.

Servida pela Rede Mineira de Viação e excelentes rodovias, ligando a São Paulo e Belo Horizonte.

A cidade de Patrocínio estava colocada numa bela colina do sistema da Serra Geral das Vertentes e do grupo da Serra da Canastra.

Pela lei provincial nº 2874, de 20/09/1882, e lei estadual nº 02 14/09/1891, foi criado o distrito  de Abadia dos Dourados e anexado ao município de Patrocínio. É importante salientar a instalação da comarca em Patrocínio, ocorrida através da lei estadual nº 01 de 13/11/1891.

Pela lei estadual de nº 556, de 30/08/1911, foi criado o distrito de Cruzeiro da Fortaleza e anexado ao município de Patrocínio.

O primeiro presidente da Câmara Municipal de Patrocínio foi o Capitão Martins Mundim, que residiu no belo casarão da Praça da Matriz,  em estilo colonial.

O centro histórico de Patrocínio era formado por três praças, cada uma com igrejas que tinham funções específicas, significando a presença de diferentes ordens sociais. Na Praça Largo do Rosário, atual Praça Honorato Borges, havia duas igrejas: a Igreja do Rosário, freqüentada somente por pessoas da raça negra, construída na época da escravidão e demolida após a abolição. Esta igreja foi um marco do racismo e do segregacionismo do século XIX. E a Igreja de Santa Rita, freqüentada por pessoas da raça branca, onde hoje fica o antigo prédio do Palácio da Educação, de fachada neoclássica.

Em 1895 houve um grande tremor de terra na cidade, sendo causa mais provável  o meteorito que caiu na região do Tejuco. Os moradores chamaram-no de “pedra de raio” que teria cerca de 10 metros  de diâmetro.

De acordo com a nova divisão administrativa, em 1911, o Município era constituído de 5 distritos: Patrocínio, Abadia dos Dourados, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza e Serra do Salitre.

Em 15/06/1914 foi instalada a primeira escola de Patrocínio, o Grupo Escolar Honorato Borges, o qual foi criado em 1912.

Em 12 de outubro de 1918 foi inaugurada com muita festa a Estrada de Ferro Goiás, depois Rede Mineira de Viação, que ligava Patrocínio a Belo Horizonte via Catiara e Ibiá, sendo o que impulsionou nossa cidade para o progresso.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 01/09/l920, o Município apareceu constituído de cinco distritos: Patrocínio, Abadia dos Dourados, Cruzeiro da Fortaleza, Santana de Pouso Alegre do Coromandel (ex-Coromandel) e Serra do Salitre.

A energia elétrica em Patrocínio teve início no ano de 1921, mas começou a ser instalada três anos antes, sendo o prefeito ou agente executivo Osório Afonso da Silva.

Em 1923, Patrocínio perdeu os distritos de Coromandel e Abadia dos Dourados.

Pela Lei Estadual nº 843, de 07/09/1923, o município sofreu as seguintes modificações: desmembraram-se do município de Patrocínio os distritos de Santana do Pouso Alegre do Coromandel e Abadia dos Dourados, para constituir o novo município de Coromandel. O distrito de Serra do Salitre tomou o nome de São Sebastião da Serra do Salitre. E ainda criou o distrito de Folhados (ex-povoado de São Sebastião dos Folhados) e anexado ao município de Patrocínio.

No dia 17 de fevereiro de 1927, foi fundado o Ginásio Dom Lustosa, sob a coordenação do Padre Matias. No período de 1933 a 1957, Patrocínio recebeu os padres holandeses que fundaram o Ginásio Dom Lustosa.

Em 1928 foi inaugurado o Edifício do Fórum e logo depois foi a inauguração da nova Cadeia Pública na Praça Tiradentes.

Foi no ano de 1930 que o município, como todos de Minas, passou a ser administrado por prefeito, em substituição ao agente executivo, que era também o presidente da Câmara Municipal. O primeiro prefeito foi Francisco Batista de Matos e o último foi o jornalista João Pereira de Melo.

Em 1930, na região de Dourados, foi instalada a segunda usina Hidrelétrica de Patrocínio com 150 HP (a primeira tinha 50 HP) com o nome de Ribeirão José Pedro. A fraca energia elétrica da cidade vinha dessas usinas, que operaram até 1961, quando chegou a CEMIG.

Em 1933 foi fundado o Instituto Bíblico Eduardo Lane, vinculado à Igreja Presbiteriana, sendo prefeito municipal Honório Pereira de Abreu.

 Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município era constituído de quatro distritos: Patrocínio, Cruzeiro da Fortaleza, Folhados e São Sebastião da Serra do Salitre (ex-Salitre), assim permanecendo em divisão territorial datada de 31/12/1936 e 31/12/1937.

Em 1936 foi inaugurada a nova Igreja Matriz, a velha tinha duas torres e nesta mesma data Dr. Luciano F. Silva passou a ser o presidente da Câmara Municipal.

Pelo decreto-lei estadual nº 148 de 17/12/1938, o distrito de São Sebastião da Serra do Salitre tomou o nome de Serra do Salitre. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o Município era constituído de quatro distritos: Patrocínio, Cruzeiro da Fortaleza, Folhados e Serra do Salitre (ex- São Sebastião da Serra do Salitre), assim permanecendo no quando fixado para vigorar no período de 1944 a 1948).

Em 07 de abril de 1942, na festa do primeiro centenário de nossa cidade foi erguido no Largo do Rosário, hoje  Praça Honorato Borges, um obelisco onde estava gravado em  resumo a história do velho burgo pela pena do historiador de Patrocínio – Joaquim Carlos dos Santos,   o qual dedicou com afinco sua vida inteira nas pesquisas históricas, a percorrer as origens de sua terra berço, a perlustrar os sombrios corredores da História.

O Governador Dr. Benedito Valadares Ribeiro visitou Patrocínio em 1944, na época da guerra e trouxe muitos benefícios para a nossa cidade dos quais podemos destacar o cancelamento da dívida flutuante, ampliação do Grupo Escolar Honorato Borges, a Praça de Esportes e Santa Casa de Misericórdia.

Pela lei nº 336, de 27/12/1948, o distrito de Folhados passou a denominar-se  Silvano.

Em divisão territorial datada de 01/07/1950, o município era constituído de quatro distritos: Patrocínio, Cruzeiro da Fortaleza, Silvano (ex-Folhados) e Serra do Salitre.

Em 1950 Juscelino Kubitschek de Oliveira visitou Patrocínio pela primeira vez em campanha eleitoral para governador.

Em 03 de fevereiro de 1952, às l5 horas, foi inaugurada a Estação Rodoviária “Alberto Brugger”,  denominação dada para perpetuar o nome de um desbravador audaz e patriota que rasgou, no Brasil Central as nossas primeiras rodovias.

Patrocínio recebeu em 12 de novembro de 1952, às 16 horas uma das visitas mais importantes de sua história, Governador Juscelino Kubitschek de Oliveira, juntamente com sua comitiva composta por José Morais, jornalista, Major Afonso Eleodoro, chefe da Casa Governador, fotógrafo, cinegrafista e aviadores.

Foi inaugurado neste dia o Posto de Puericultura “Sara Kubitschek”, onde falaram a professora Geralda Pereira, diretora  do Grupo Escolar Honorato Borges e o Dr. Gustavo Machado, diretor do posto.

O governador Juscelino prometeu fazer o que fosse possível para resolver a angustiosa situação da luz elétrica em nosso município e dentro do prazo de um ano construiu a usina de 600 cavalos para fornecimento de luz.

A visita de Juscelino Kubitschek foi momento ímpar na vida política, administrativa e social de Patrocínio.

Pela lei nº 1039, de 12/12/1953, foram criados os distritos de Brejo Bonito e São João da Serra negra, ambos ex-povoados e anexados  ao município de Patrocínio. Pela mesma lei desmembrou-se do município de Patrocínio o distrito de Serra do Salitre,  elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 01/07/1955, o município era constituído de cinco distritos: Patrocínio, Brejo Bonito, Cruzeiro da Fortaleza, São João da Serra Negra e Silvano, assim permanecendo em divisão territorial datada de 01/07/1960.

Pela Lei Estadual nº 2764, de 30/12/1962, foram criados os distritos de Salitre de Minas e Santa Luzia dos Barros e anexados ao município de Patrocínio. Pela mesma Lei Estadual desmembraram-se do município de Patrocínio os distritos de Cruzeiro da Fortaleza e Brejo Bonito para constituir o novo município de Cruzeiro da Fortaleza.

Em divisão territorial de 31/12/1963, o município era constituído de cinco distritos: Patrocínio, Salitre de Minas, Santa Luzia dos Barros, São João da Serra Negra e Silvano, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.